Jesus Cristo – Um Modelo de Virtude?

Poucas pessoas tentam defender a história sangrenta da Igreja Cristã, embora sejam os católicos que mais tentam 'diminuir' os danos causados pela Igreja, justamente porque a maior parte da iniquidade atribui-se ao catolicismo romano e ao Papado ("uma ou duas maçãs podres em uma história gloriosa").

Mas não devemos esquecer que os protestantes eram tão bons quanto quaisquer outros para queimar bruxas, hereges, índios 'selvagens' e até católicos.

A defesa universal de todos os cristãos é que não foi Cristo quem falhou mas o próprio homem. O homem-deus era perfeito, puro e sua mensagem era uma maravilha de 100% amor e luz.

Antes que você se inscreva para ficar toda a eternidade aconchegado(a) com este incrível príncipe da perfeição, pense um pouquinho como seria tê-lo como seu vizinho.

Farreador Olha a vizinhança. Jesus farreava e enchia a cara com uma gangue de jovens desempregados e uma prostituta. Alguns tinham abandonado suas mulheres e seus filhos para fazer parte da gangue e "amarem-se uns aos outros." "Eles deixaram tudo e o seguiram." – Lucas 5.11.

Uma Contradição Ambulante

Se Jesus tivesse sido a criação de apenas um autor, sua personalidade poderia ser coerente e verossímil. Mas como o homem-deus é um trabalho de muitos autores, ele é uma mistura de contradições, principalmente com relação ao seu caráter divino.

O super-herói é Deus? Isso é uma coisa que motivou conflitos sangrentos entre os seguidores de Cristo desde pelo menos o tempo de Ário no século IV. Até uma criança pode juntar várias citações que confirmam ou refutam a ideia (desde "Eu e meu Pai somos um" (João 10:30) até "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?" (Mateus 27:46).

Mas o que poderíamos esperar de uma personagem inventada a partir de diversos episódios retirados das escrituras judaicas e de uma coleção de aforismos?

O que fazia Jesus tão perfeito?

Cristãos de todos os gostos dizem que seu herói era "perfeito", seja lá o que isso signifique. Ele transpirava um suor perfeito ou simplesmente não transpirava? Dá para ficar citando todos os ensinamentos de "amor" encontrados nos evangelhos mas isso é ser altamente seletivo e não diria nada que já não tivesse sido dito por filósofos humanos mais antigos.

A "perfeição" deveria se estender a todos os atos e ensinamentos e, no entanto, se analisarmos com atenção o comportamento e as frases de nosso astro, não encontraremos nenhum modelo de virtude.

Problemas e Conflitos

O Jesus Cristo dos evangelhos é uma construção manifestamente artificial. Este Príncipe da Paz também prega a discórdia e conflitos:

"Não penseis que vim trazer paz à terra: não vim trazer paz, mas a espada."
– Mateus 10.34.

Tendo dito a seus fãs para amarem seus inimigos, surpreendentemente, Jesus também sugere transformar familiares em inimigos!

"Eu vim trazer a divisão entre o filho e o pai, entre a filha e a mãe, entre a nora e a sogra. E os inimigos do homem serão as pessoas de sua própria casa" – Mateus 10.35,36.

"Se alguém vem a mim e não odeia seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos, suas irmãs e atéa sua própria vida, não pode ser meu discípulo. " – Lucas 14.26..

Até onde Jesus vai com essa ideia malévola (e completamente ridícula)? Mateus dá a resposta:

"O irmão entregará seu irmão à morte. O pai, seu filho. Os filhos levantar-se-ão contra seus pais e os matarão" – Mateus 10.21.

Depois de separar seus seguidores de suas famílias com essa baboseira assassina, Jesus ensina seus companheiros a lidar com as partes do corpo que os levam ao pecado – amputação! Eles devem se auto-mutilar cortando suas mãos e arrancando seus olhos. Ele diz que é melhor ficar "aleijado" do que sofrer no "fogo eterno" do inferno

"Se a tua mão for para ti ocasião de queda, corta-a; melhor te é entrares na vida aleijado do que, tendo duas mãos, ires para a geena, para o fogo inextinguível onde o seu verme não morre e o fogo não se apaga. Se o teu pé for para ti ocasião de queda, corta-o fora; melhor te é entrares coxo na vida eterna do que, tendo dois pés, seres lançado à geena do fogo inextinguível onde o seu verme não morre e o fogo não se apaga. Se o teu olho for para ti ocasião de queda, arranca-o; melhor te é entrares com um olho de menos no Reino de Deus do que, tendo dois olhos, seres lançado à geena do fogo." – Marcos 9.43,47..

Em tempos de pestes e graves dificuldades sociais, crentes desesperados, culpando-se por infortúnios e tragédias pessoais, submeteram-se voluntariamente a frenéticas lamentações públicas e flagelações seminus. Na verdade, punir o corpo para o bem da alma permanece um dogma principal da psicose cristã.

Jesus Cristo é o chefe de uma seita fisicamente perigosa, ameaçadora de famílias e destruidora de mentes! Ainda quer morar ao lado do astro?

Jesus – Perigo para plantas e animais

Aqueles porcos de Gerasa realmente mereciam aquele destino? E a ruína daqueles "que os guardavam"? O Sr. Onipotente poderia ter transformado aqueles demônios em fumaça mas resolveu fazer uma terrível crueldade com animais.

– Fique de olho no seu cachorro e no seu gato, JC pode jogar demônios neles!

(Mas, claro, "crueldade com animais" não era problema para os escribas que na verdade escreveram a historinha.)

E amaldiçoar uma figueira porque não estava na época de produção? Por que não fazê-la produzir figos?

" Jamais alguém coma fruto de ti!"... " Olha, Mestre, como secou a figueira que amaldiçoaste!" – Marcos 11.21.

– Também fique de olho nas suas árvores frutíferas, JC pode fazê-las secar!

Jesus – Defende a Desonestidade

Em Lucas 16 – a "Parábola do Servo Desonesto" – Jesus fala com louvor de um homem rico que elogia a desonestidade de um servo. O empregado, acusado de "dissipar bens", estava prestes a ser demitido e então pensa numa estratégia para garantir seu futuro.

"Já sei o que fazer, para que haja quem me receba em sua casa, quando eu for despedido do emprego."
– Lucas 16.4.

O "quem me receba" se refere a cada um dos devedores de seu patrão, cujas dívidas o empregado diminui. E aparentemente:

"E o proprietário admirou a astúcia do administrador, porque os filhos deste mundo são mais prudentes do que os filhos da luz no trato com seus semelhantes." – Lucas 16.8..

O Sr. 'Perfeito' Jesus ainda diz:

"Eu vos digo: fazei-vos amigos com a riqueza injusta, para que, no dia em que ela vos faltar, eles vos recebam nos tabernáculos eternos." – Lucas 16.9.

Caramba! – isso não é para o catecismo de domingo. Mas não apenas JC louva a desonestidade, ele também parece bem predisposto a ser desonesto. De acordo com João 7, Jesus e sua turma estavam passeando na Galileia e seus companheiros sugeriram a ele que fosse mostrar suas habilidades fantásticas para os judeus na Festa dos Tabernáculos. JC nega:

"Quanto a mim, eu não irei, porque ainda não chegou o meu tempo." – João 7.8..

Mal os discípulos tinham saído e o super-homem fez exatamente o que ele disse que não faria:

"Mas quando os seus irmãos tinham subido, então subiu também ele à festa, não em público, mas despercebidamente."
– João 7.10.

Jesus – NÃO tão compassivo

Depois da destruição de famílias, amputações, o destino dos porcos e da figueira, podemos nos perguntar se o Sr. Paz e Amor realmente tem algum senso de compaixão. Ele não ama todo mundo? Bizarramente, JC diz:

"Segue-me e deixa que os mortos enterrem seus mortos." – Mateus 8.22.

Isso foi dito para um discípulo que tinha acabado de perder o pai e queria tempo para enterrá-lo! Até mesmo o patrão mais duro de coração daria tempo para o funeral do seu pai!

Um Jesus insensível deixa Lázaro quatro dias em seu túmulo para que o milagre de sua ressurreição pareça mais impressionante.

Em outro incidente o infeliz Judas Iscariotes questiona por que Jesus deixou que um perfume caro (uma libra de "bálsamo de nardo" que valia 300 denários, ou o salário de um ano) fosse passado em seus pés (e enxugado com os cabelos de uma mulher!). Certamente, disse Judas, o dinheiro poderia ter ido para os pobres.

Em uma resposta que sempre deve ter encantado os plutocratas da Igreja, JC diz:

"Pois sempre tereis convosco os pobres, mas a mim nem sempre me tereis."
– João 12.8.

Bom, todo mundo pode dizer isso! Por que não fazer alguma coisa contra a miséria?

Judas, claro, como os outros discípulos, era judeu e a igreja primitiva teve o cuidado de se distanciar desse povo pérfido. Não seria o próprio JC um antissemita? Certamente ele se dissocia dos judeus, como se eles não fossem o seu próprio povo:

"enquanto os filhos do Reino serão lançados nas trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes." – Mateus 8.12.

Adivinha quem são os "filhos do Reino "? Os judeus tiveram alguma chance?

Também é interessante notar que o "grande mestre" em nenhum momento condena a prática da escravidão, uma grande falha para o suposto salvador da humanidade. Na verdade, a defesa de uma crença de que tudo é pela vontade de Deus - incluindo a tirania e a escravidão (e que a felicidade acontecerá no céu após a morte), é intoleravelmente imoral.

Humilde ou Arrogante?

Alega-se que a perfeição do JC é demonstrada pela sua enorme "humildade" - e todos nós sabemos como é maravilhoso mostrar humildade, comparável a curar o câncer ou alimentar os que passam fome.

Você acreditaria que o majestoso astro deixou o conforto do céu eterno para passar alguns anos na terra? Um carpinteiro nos quintos dos infernos da Galiléia? Não é impressionante?

Mas Jesus Cristo NÃO é um ser de infinita humildade. Embora fosse um auto-denominado radical religioso, Jesus arrogantemente forçou caminho entre os pilares do judaísmo:

"Jesus percorria todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas."
– Mateus 9.35..

Quando ele foi ao Templo, o coração da religião judaica, ele teve a audácia de derrubar mesas e as cadeiras dos vendedores de pombas:

"Chegaram a Jerusalém e Jesus entrou no templo. E começou a expulsar os que no templo vendiam e compravam; derrubou as mesas dos trocadores de moedas e as cadeiras dos que vendiam pombas. Não consentia que ninguém transportasse algum objeto pelo templo."

– Marcos 11.15,16.

Jesus Cristo, na verdade, é incrivelmente arrogante. Ele se denomina "Senhor e Mestre" (João 13.13) e chama os que o seguem de "Filhinhos meus" (João 13.33). Ou também, ele é o "Pastor" e vocês são as "ovelhas" – e ovelhas, claro, são tosquiadas!

A arrogância de JC na verdade começou bem cedo. Imagine a angústia que o desaparecimento por 3 dias de um menino de 12 anos causa aos pais. A fábula nos conta que Jesus desapareceu e seus pais "aflitos" o procuraram por 3 dias até finalmente encontrar o menino no Templo. E Jesus não se desculpou – ele põe a culpa neles por não saberem que ele estava cuidando dos assuntos do seu "pai verdadeiro"!

"Quando eles o viram, ficaram admirados. E sua mãe disse-lhe: Meu filho, que nos fizeste?! Eis que teu pai e eu andávamos à tua procura, cheios de aflição. Respondeu-lhes ele: Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai? Eles, porém, não compreenderam o que ele lhes dissera."

– Lucas 2.48,50.

Então por que a Igreja diz que seu herói cheio de si é "humilde"? Pelo mesmo motivo ele é, quando necessário, santo, justo, gentil e manso. Simplesmente, ele é um pouco de cada coisa, rugindo como um leão e balindo como um cordeiro, um monarca conquistador e alguém disposto a se sacrificar.

Qualquer sofrimento que você tenha que suportar não é nada comparado ao sofrimento dele. E mesmo que você não tenha grana guardada e certamente não irá para o céu, os padres preferem que você siga seu sublime exemplo. Vá à Igreja; siga as regras; faça o que te mandam; seja humilde – e nem pense em reclamar. Quando você morrer você terá sua recompensa!

Jesus é insuportável

A arrogância leva à presunção e JC nunca falta em auto-satisfação. Jesus sabe tudo e, portanto, não pode ouvir qualquer coisa que ele já não saiba. Ele não pode ser enganado por homens, porque ele sabe seus pensamentos mais íntimos, mesmo antes de falarem.

Será que todo esse conhecimento o leva, como Buda, a ter uma tolerância universal? Longe disso. JC é cheio de fúria vingativa - uma atitude que não é incomum com pastores evangélicos.

Qualquer um que não ouvir a pregação dele receberá as maldições mais terríveis e carimbará o seu passaporte para o tormento eterno.

"Todo aquele que tiver blasfemado contra o Espírito Santo jamais terá perdão, mas será culpado de um pecado eterno." – Marcos 3.29.

"O Filho do Homem enviará seus anjos, que retirarão de seu Reino todos os escândalos e todos os que fazem o mal e os lançarão na fornalha ardente, onde haverá choro e ranger de dentes."
– Mateus 13.41,42.

De novo e de novo, JC faz propostas intimidadoras. Pura manipulação psicológica na base da "recompensa ou castigo"! Tenha fé ou tenha o fogo eterno – qual você prefere?

"Se alguém não permanecer em mim será lançado fora, como o ramo. Ele secará e hão de ajuntá-lo e lançá-lo ao fogo, e queimar-se-á. – João 15.6

Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis tudo o que quiserdes e vos será feito." – João 15.7

JC era supostamente "cheio da graça". O que essa frase estranha significa é que ele não discriminava ninguém. Boa atitude? Pense um pouco. A maioria das pessoas selecionam melhor seus amigos. Você sairia para tomar uma cerveja com um assassino em série ou um pedófilo? Com o Saddam Hussein? Com o George W. Bush?

"Jesus é um glutão, um bêbado, e um amigo de coletores de impostos e pecadores. Em outras palavras, ele não faz distinções e discriminações apropriadas. Ele não tem honra. Ele não tem vergonha." 

– Crossan (The Historical Jesus, p. 262)

Pensamento sacerdotal: Não critique os poderosos ou especialmente os padres. Quando eles são pegos com as calças arriadas, é hora da "graça."

JC é também supostamente cheio da "verdade". Ele até disse que ele era a verdade. O problema é que a verdade de JC variava de acordo com o dia da semana.

Pensamento sacerdotal: JC tem uma frase para todas as ocasiões e todas elas têm autoridade divina. Jesus Cristo é um verdadeiro Super-Homem para Todas As Épocas.

Jesus é obtuso

Na maior parte do tempo nem os discípulos de JC conseguiam entender o que ele queria dizer. Os clérigos medievais passaram a vida inteira discutindo e não conseguiram entrar em acordo. Por que JC fala em parábolas?

"... de forma que vendo não vejam, e ouvindo não entendam." – Lucas 8.10.

Se isso não embaralha sua mente, tente isto:

"Vim a este mundo para fazer uma discriminação: os que não vêem vejam, e os que vêem se tornem cegos." – João 9.39.

"Quem ama a sua vida, perdê-la-á; mas quem odeia a sua vida neste mundo, conservá-la-á para a vida eterna."
– João 12.25.

As parábolas de JC são tanto triviais como incompreensíveis.

Jesus não tem senso de humor

JC pode aceitar lavar seus pés, especialmente no jantar (taradinho, hein?), mas não espere que ele vá fazer você rir. Esse cara é o Sr. Sério. O problema começou com os fraudadores que consideravam o humor como indigno da Majestade de Deus. Para eles, o humor era indigno, leviano e impróprio do divino. A seriedade, por outro lado, implica em gravidade e, é claro, a Verdade.

"Jesus" nunca ri e infelizmente a vida o imitou. A supressão de mais um impulso humano teve uma consequência terrível correspondente para a psicose do cristianismo. Risos, junto com música alegre e dança sensual, foram considerados como o estratagema do Diabo, uma festa de tolos. O asilo da cristandade era uma tumba escura e sombria.

Jesus é racista!

Jesus consegue combinar misoginia e racismo numa conversa cheia de ódio com uma mulher cananeia na região de Tiro e de Sidom:

"E eis que uma cananeia, originária daquela terra, gritava: Senhor, filho de Davi, tem piedade de mim! Minha filha está cruelmente atormentada por um demônio. ... Senhor, ajuda-me! ... Jesus respondeu: 'Só fui enviado às ovelhas perdidas da casa de Israel ... Não convém pegar o pão dos filhos e jogá-lo aos cachorros."

– Mateus 15.22-26.

Jesus é Esquizofrênico!

Jesus mostra o comportamento associado a um espectro de distúrbios psiquiátricos, destacando-se paranoia, alucinações e delírios de grandeza:

"Até 60% das pessoas com esquizofrenia têm delírios de grandeza religiosos consistindo de acreditar que é um santo, Deus, o diabo, um profeta, Jesus, ou alguma outra pessoa importante. Como explicar aos nossos pacientes que os seus sintomas psicóticos não são sobrenaturais, se a nossa civilização reconhece fenômenos semelhantes em figuras religiosas reverenciadas?"

– Murray, Cunningham, Price, O Papel dos Distúrbios Psicóticos na História Religiosa, Periódico de Neuropsiquiatria e Neurociência Clínica, Outono de 2012.

 

Jesus e a higiene: um porco fedido

Os fariseus e os escribas chamaram a atenção de Jesus para o escândalo de seus seguidores comerem pão sem antes lavarem as mãos. Era uma tradição, mas não insensata.

"Então alguns fariseus e mestres da lei vieram a Jesus de Jerusalém e perguntaram: "Por que os teus discípulos não seguem a tradição dos anciãos? Eles não lavam as mãos antes de comer!" ... Jesus reuniu os assistentes e disse-lhes, ' Ouvi e compreendei. Não é aquilo que entra pela boca que mancha o homem, mas aquilo que sai dele. Eis o que mancha o homem."

– Mateus 15.1,11.

JC repreende seus críticos como "hipócritas" porque não honram todas as tradições. Mas não muda o fato de que Jesus não tinha nada a dizer sobre higiene pessoal, e o cristianismo - unicamente entre as religiões - fixou-se contra limpeza (uma vaidade) e tomar banho (um incentivo à imoralidade). Os danos à saúde pública por um milênio foram incalculáveis.

Jesus não é tão inteligente assim

"Jesus respondeu: Não são doze as horas do dia?" – João 11.9.

Jesus – ou melhor, os tolos iludidos que inventaram sua história – pensavam que seu salvador voltaria "com glória nas nuvens" antes da morte das pessoas que viviam naquele tempo. 2000 anos depois e ainda estamos esperando.

"Não acabareis de percorrer as cidades de Israel antes que volte o Filho do Homem."
– Mateus 10.23

"Muitos destes que aqui estão não verão a morte, sem que tenham visto o Filho do Homem voltar na majestade de seu Reino." – Mateus 16.28

Jesus dá outra impressionante pérola de sabedoria quando ele avisa que espíritos impuros expulsos aumentam sete vezes!

"Quando o espírito impuro sai de um homem, ei-lo errante por lugares áridos à procura de um repouso que não acha. Diz ele, então: Voltarei para a casa donde saí. E, voltando, encontra-a vazia, limpa e enfeitada. Vai, então, buscar sete outros espíritos piores que ele, e entram nessa casa e se estabelecem aí; e o último estado daquele homem torna-se pior que o primeiro. Tal será a sorte desta geração perversa."

– Mateus 12.43-45.

Essa fecundidade bizarra de espíritos impuros pode explicar Lucas 8.2-3 que alega terem saído de Maria Madalena "sete demônios."

Jesus – que em nenhum lugar mostra ser intelectualmente superior aos camponeses ignorantes que o rodeavam – usa crianças, entre todas as pessoas, como um exemplo a ser seguido pelos homens. Nosso herói admira a ignorância e a incapacidade delas de se defenderem:

"Em verdade vos declaro: se não vos transformardes e vos tornardes como criancinhas, não entrareis no Reino dos céus. Aquele que se fizer humilde como esta criança será maior no Reino dos céus." – Mateus 18.3-4.

Como se diz, a ignorância é uma bênção.

Jesus NÃO ama seus inimigos

Numa das frases mais famosas de todos os tempos, JC deu um conselho bem-intencionado mas desastrosamente ruim:

"Amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos maltratam e perseguem." – Mateus 5.44.

"Não resistais ao mau. Se alguém te ferir a face direita, oferece-lhe também a outra." – Mateus 5.39.

Tá de sacanagem? Fale isso ao George Nascido de Novo Bush. Odiar os inimigos, punir os que fazem o mal, retaliar aos que o prejudicam são coisas tão naturais e necessárias como a luz do sol. Nem o próprio Jesus precisa de seu ensinamento, ameaçando aqueles que não acreditam nele com o inferno:

"Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado"
– Marcos 16.16

De qualquer forma, na prática, os cristãos sempre preferiram este princípio: "Olha a terra desse cara... Vamos tomá-la dele!" E não se engane com esse papo de "amor ao próximo". Até o mítico Jesus Cristo não é nenhum modelo de virtude!

Sources:
Jon E. Lewis (Ed.), The New Rights of Man  (Robinson, 2003)
George Long (Trans.), The Meditations of Marcus Aurelius (Collins, 1950)
Michael Parenti, History as Mystery (City Lights, 1999)
Robin Lane Fox, Pagans and Christians (Viking, 1986)
Bruce Metzger, Michael Coogan (Eds) The Oxford Companion to the Bible (Oxford, 1993)
John Boardman (Ed.), The Oxford History of the Classical World (Oxford, 1992)

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